Um novo tratamento contra o câncer de pulmão consegue reduzir em 51% o risco de morte do paciente, segundo informou a Associação Americana para a Pesquisa do Câncer.
O novo tratamento, consistente na combinação de um medicamento com quimioterapia, mostrou ser capaz de reduzir mais da metade das possibilidades de morte em comparação com o tratamento que utiliza apenas a quimioterapia para pacientes com metástases não escamosa e células que não são pequenas.
O medicamento, testado pela farmacêutica Merck em 616 pacientes, é conhecido como Keytruda e os resultados obtidos podem representar “uma mudança nas práticas” de imunoterapias contra este tipo de câncer, segundo destacou Leena Gandhi, professora de Medicina na Universidade de Nova York.
A apresentação dos avanços deste tratamento coincidiu paralelamente com a dos resultados de outra imunoterapia à base de um remédio conhecido como Opdivo, da empresa Bristol Myers Squibb.
Este último, aplicado junto com outros medicamentos, foi capaz de reduzir o avanço do câncer ou o risco de morte em 42% em comparação com a quimioterapia em pacientes com células não pequenas e com alto nível de mutação.
Ambos resultados superaram amplamente as expectativas, que previam uma redução de um mínimo de 30%, segundo analistas citados pela emissora “CNBC”.
Estes dois métodos foram testados em pacientes que ainda não tinham tentado outros tratamentos, mas nos quais o câncer já estava estendido.
Neste sentido, Matthew Hellmann, especialista do Memorial Sloan Kettering Câncer Center, lembrou que o câncer de pulmão continua sendo o que mais mortes provoca no mundo.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, pelo menos 234.000 americanos serão diagnosticados com esta doença este ano e 154.000 morrerão por sua causa.
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